C. S. Lewis grande escritor britânico,
criador de obras como As crônicas de Nárnia, certa vez disse: “A boa filosofia
tem de existir, se não houvesse outra razão, porque a má filosofia precisa ser
contestada”. Todavia, podemos já no início desse texto, questionar o que isso
tem a ver com a maquiavélica estratégia abortista em andamento na escala
planetária e com ampla aceitação por partes da sociedade brasileira? Vejamos.
Desde
tempos muito antigos a filosofia foi enxergada como o caminho para se viver bem
a vida[1], ora a constatação dos filósofos
sobre esse tema parece simples, o que eles entenderam é que para viver bem a
vida é necessário pensar sobre a vida, refletir sobre o sentido da vida, quando
ela começa? Quando ela termina? Qual o sentido dos sofrimentos do tempo
presente?
Pois
bem, é aqui que as coisas se conectam. O embate entre àqueles que se posicionam
contra o aborto e os que lhe são a favor, em última instância, é uma discussão
à cerca da vida, de seu início e seu fim, de quem tem o direito de retirá-la de
alguém e por aí vai. Não, este post não tem intenção de por um ponto final a
esse embate (muito embora esse humilde autor o faria se lhe fosse exequível),
no entanto espero, numa tarefa bem mais singela, lançar luz na obscuridade de
alguns argumentos, apresentados por defensores do infanticídio de milhões de
inocentes mundo a fora. Também não sou filósofo, mas tenho a convicção de que a
melhor maneira de refletir e tomar partido pela vida de outros é olhando para a
sua própria vida.
Certo
dia em um corredor universitário fui incitado por uma pessoa a emitir minha
opinião sobre a temática do aborto. Muito antes que eu terminasse de pronunciar
meu grito de independência e dizer que era contra, fui sabatinado pelo seguinte
questionamento:
- “como você pode dizer isso Seu machista
misógino! Os homens engravidam as mulheres e somem. Imagina o caso em que uma
mulher da periferia, sem estudo, sem um companheiro, talvez já carregando vícios,
sem o apoio da família e tendo uma gravidez indesejada não é direito dela
abortar para viver livre sua vida?
Eu respondi:
- Não!
Ela retrucou:
Como assim qual o motivo dessa sua postura?
Eu lhe disse:
- Pela sua lógica eu deveria ter sido morto!
A pessoa não quis continuar a
conversa e ouvir um pouco de minha trajetória de vida, mas você, amigo leitor,
já que me acompanhou até aqui convido-te a ir um pouco além nessa história...
Bem minha amada e querida mãe
se encaixa justamente no perfil mencionado acima, sem estudo, dinheiro,
companheiro, viciada no álcool e sem compreensão da família a respeito de minha
gestação. Tudo na vida dessa jovem concorria para que ela cometesse o aborto,
até mesmo o conselho de pretensos “amigos”. Que opção teria ela além de
abortar?
Em um primeiro momento ela não
viu outra opção a não ser o aborto e tentou fazê-lo tomando uma variedade de
chás abortivos. Obviamente não deu certo, mas acreditem... mesmo depois de
nascido mamãe buscou outra alternativa para me assassinar: tomou uma overdose
de remédios com cachaça e abriu o gás em casa para que morrêssemos juntos,
novamente não deu certo. Então mamãe percebeu que o assassinato (pelo aborto ou
não) nunca foi uma opção, ali no chão prostrada e comigo no colo elevou uma
prece a Virgem Maria (outra mulher que pela lógica empregada deveria ter
abortado) me consagrando a ela!
Passamos por muitos perrengues,
custou para meu amado pai me aceitar como seu filho, em alguns momentos nos
faltou comida, dinheiro e remédios, mas as vitórias alcançadas não têm preço,
poderia mencionar algumas, no entanto aquela que nos é mais cara não é nada
mais nada menos que a VIDA.
Nada pode se comparar a vida,
por isso cuidado, pois a forma de fazer com que o assassinato seja aceitável é
dizer que em um feto não existe vida. Vejam é a velha batalha entre a boa e a
má filosofia. Termino aqui a primeira parte desse texto, mas em breve
publicarei na integra a carta escrita por minha mãe, contando sua visão sobre o
assunto.
Paz na Terra aos homens de boa
vontade!
Danilo Mangaba de Camargo
Ministério de Música Luz Divina
Fraternidade Coração Missionário de Maria
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